Roberto Mendes iniciou sua carreira em 1972, exímio violonista, autor e compositor é um filho de Santo Amaro da Purificação no Recôncavo Baiano, cidade da qual nunca se mudou, embora sua música tenha viajado o mundo em sua própria voz e na interpretação de outros artistas, como Maria Bethânia.
Roberto Mendes é um mestre das pesquisas sobre a chula , fruto do contato direto com os grandes mestres de saberes da região.
Chula não é música, é comportamento traduzido em canção. São versos construídos em redondilha maior ou menor, que é natural da língua, em canto de labor, no caso do Recôncavo, na lavoura da cana. Nos meados do século XIX, no fechamento da baía de Benin, vindo pra cá os sudaneses, passando pela Ilha da Madeira, trazem as duas violas: machete e 3/4, que se encontram no Recôncavo com o batuque, aqui existente há 200 anos, ou seja, o cabula. Nesse encontro nós temos um canto violado que deu origem à Chula.
Roberto Mendes toca seu violão como percussão ferida, que, segundo Mendes, “é a maneira que aprendi tocar com Sr. Tune, com os irmãos Frade e Tavinho, toco muito parecido com eles”
Ao longo de mais de quarenta anos de carreira, já lançou 13 álbuns, 2 livros, 1 DVD, 17 EP além de inúmeros shows, workshops e palestras ao redor do mundo.
Roberto Mendes é um grande mestre da música brasileira, reconhecido e prestigiado no Brasil e no mundo.